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Usuário de drogas é torturado até a morte por furtar 2g de crack
NOVIDADES
Publicado em 21/12/2015

Suposto usuário de droga foi torturado até a morte por três pessoas, após ser acusado de furtar dois gramas de crack de uma boca de fumo. O corpo de Wanderson Martins de Freitas, 38 anos, foi encontrado na noite de domingo (20), em um terreno baldio na Rua João Rezek, no Residencial Oliveira, em Campo Grande. A vítima estava com vários ferimentos pelo corpo, um corda de varal no pescoço e enrolada em dois cobertores. A polícia acredita que o crime aconteceu na noite de sábado para domingo. Um dos principais suspeito pelo homicídio, Gilson da Silva de Freitas, 31 anos, foi preso.

Conforme o delegado plantonista Tiago Macedo, o corpo foi encontrado por moradores que acionaram a polícia. Testemunhas contaram que, no sábado (19), Wanderson foi visto entrando na casa de Gilson, em seguida ouviram uma discussão e, logo depois, o volume do som foi aumentado. Mesmo assim, os vizinhos relataram que ouviram gritos de clemência vindo do local.

Os investigadores, então, foram até a casa de Gilson e conseguiram localizar o traficante. Ele confessou o crime e disse que teve a ajuda de dois adolescentes. Em depoimento, Gilson contou que amarraram Wanderson e passaram a torturá-lo. Eles queriam que o rapaz confessasse o furto de dois gramas de crack.

A vítima foi enforcada com pedaço de corda de varal, ferido com vários golpes de faca e agredido a golpes de panela na cabeça até a morte. Depois disso, o trio enrolou Wanderson em dois cobertores, o carregaram em um carrinho de mão e jogaram o corpo no terreno baldio, que fica cerca de 20 metros da casa de Gilson, onde funciona a boca de fumo.

A versão de Gilson bateu com o depoimento de três testemunhas. O traficante vai responder por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, tortura, por impedir a defesa da vítima, corrupção de menores e associação criminosa majorada. Ele já tem passagem por roubo, tráfico e amaça. A vítima não tinha ficha na polícia.

Segundo o delegado, os dois adolescentes já foram identificados e a polícia continua as diligência para localizá-los. Segundo os vizinhos, a vítima morava no bairro e sempre frequentava a casa do traficante.

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