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Jogos da vaia deixam Olimpíadas mais maravilhosas
NOVIDADES
Publicado em 18/08/2016

Na Cidade Maravilhosa, o público não poderia mesmo ser diferente. Mas assim como o Rio de Janeiro, a torcida dos Jogos Olímpicos também foi alvo de críticas, principalmente, dos atletas estrangeiros. Comportamentos específicos teriam ultrapassados os limites esportivos e levantados questionamentos de todas as partes.

O caso mais emblemático até aqui talvez tenha acontecido na pista de atletismo do Estádio Olímpico. Thiago Braz, que seria campeão olímpico no salto com vara com 6,03 m, já havia cumprido a sua missão e contou com o apoio da torcida para derrotar o francês Renaud Lavillenie. A torcida no Engenhão vaiou, e muito, o atleta em suas duas tentativas de 6,03 m e na decisiva de 6,08 m.

Nas entrevistas após a prova, o francês chegou a comprar o público brasileiro com os alemães que, em plena Alemanha nazista de 1936, vaiavam o negro norte-americano Jesse Owens. Segundo o atleta, desde aquele triste episódio não tinha conhecimento de algo parecido na história olímpica. Mais tarde, viu que exagerou e pediu desculpas pelos comentários.

Se Lavillenie reclamou, chegou a mostrar o polegar para baixo antes do seu salto em claro sinal de desaprovação ao gesto do público, incontáveis outros atletas elogiaram a atmosfera proporcionada pelos brasileiros nas instalações da Cidade Maravilhosa e não viram sinais de desrespeito.  “A energia aqui é incrível. Nunca competi em um lugar tão especial assim. Aqui é maravilhoso”, disse a ginasta norte-americana Simone Biles, dona de quatro ouros e um bronze. “Estava comentando com o Kyrie (Irving) e com o Melo (Carmelo Anthony) que a ola nunca acontece nos Estados Unidos. Isso dá muita energia e é ótimo de assistir”, completou o astro do Dream Team Kevin Durant.

Ainda no basquete, até mesmo osbrasileiros se viram surpreendidos. Leandrinho Barbosa creditou à torcida a diminuição da diferença de 30 pontos, na partida de estreia, contra a Lituânia. Mais do que isso, o camisa 19 revelou que nunca viu nada como o acontecido na Arena Carioca 1, nem mesmo nos ginásios da NBA.

 

“Infelizmente, não tivemos a vitória, mas foi uma vitória de ver a torcida como nos ajudou hoje. É a primeira vez que acontece para mim e para outros jogadores. Com certeza vamos fazer um bom trabalho no próximo jogo”, disse o jogador.

Por outro lado, o diretor de comunicação do COI, Mark Adams, deu um leve puxão de orelha no público brasileiro. Segundo o dirigente, certos exageros foram cometidos, alguns que terminaram até em agressão nas arquibancadas, como no episódio entre argentino e brasileiro, no Centro Olímpico de Tênis.

“Amamos a atmosfera. Acho que todos gostaram. A única coisa que podemos perguntar é se essa paixão está sendo bem direcionada. Muitas pessoas estão adorando os Jogos, e espero que canalizem essa paixão de uma forma positiva", contou Adams.

Do mesmo modo que a Cidade Maravilhosa agradou apesar dos problemas, a torcida da Rio 2016 também deixou os atletas encantados.

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