Foram condenados a oito e seis anos de prisão, respectivamente, o ex-vereador Alceu Bueno e o ex-deputado estadual Sérgio Assis, pelo envolvimento em escândalo sexual, no qual imagens gravadas por duas adolescentes, em encontros sexuais, eram usadas para extorquir os políticos. Conforme a sentença da 7ª Vara Criminal de Competência Especial de Campo Grande, ao todo foram cinco condenações, mas apenas um dos envolvidos está e continuará preso. A sentença foi proferida pelo juiz Marcelo Ivo de Oliveira, e divulgada na tarde desta quinta-feira (17) pelo TJ (Tribunal de Justiça). Os réus foram condenados pelos crimes de extorsão, exploração sexual de vulnerável, corrupção de menores e associação para o crime e tráfico de menor para fins de exploração sexual.
Alceu Bueno foi condenado a oito anos e dois meses de prisão, em regime fechado, pelos crimes de exploração sexual de vulnerável, assim como Sérgio Assis, que foi condenado a seis anos, em regime semiaberto, pelo mesmo crime.
Citado como mentor do esquema de exploração sexual e extorsão, Fabiano Vieira Otero foi condenado a 11 anos e 11 meses no regime fechado. A pena seria de 23 anos e 10 meses, mas foi diminuída mediante acordo de delação premiada. Ele foi considerado culpado pelos crimes de extorsão, exploração sexual de vulnerável, corrupção de menores, associação para o crime e tráfico de menor para fins de exploração sexual.
O empresário Luciano Roberto Pageu foi condenado a 21 anos, sete meses e 20 dias em regime fechado pelos crimes de exploração sexual de vulnerável, corrupção de menores, associação para o crime e por dois crimes de extorsão, sendo absolvido do crime de tráfico de menores para fim de exploração sexual.
Ainda segundo informa o TJ, o ex-vereador Robson Martins foi condenado por dois crimes de extorsão, tendo pena de nove anos e quatro meses de reclusão no regime fechado. Ele foi absolvido pelo crime de associação, por não haver provas para condenação
Sérgio Assis, Alceu Bueno e Robson Martins podem recorrer a sentença em liberdade, porque não estão presentes os requisitos da prisão preventiva e não criarem impedimentos para a instrução do processo. Fabiano está em prisão domiciliar, enquanto Pageu é o único preso e não terá o direito de recorrer em liberdade.