O adolescente de 16 anos, que bateu um HB 20 Sedan em um poste de energia elétrica, deve responder por homicídio culposo- quando não há intenção de matar - pela morte da namorada Mariany Oliveira,16, que era passageira do veículo conduzido por ele. O pai do adolescente, um cobrador de ônibus, também deve ser responsabilizado pelo acidente. Conforme informações do delegado Edmilson José Holler, da 6ª Delegacia de Polícia Civil, responsável pelo caso, o garoto vai responder por homicídio por ter assumido o risco do acidente ao dirigir sem habilitação e acima da velocidade permitida. "Vamos aguardar o resultado final dos laudos, mas levantamentos preliminares da perícia apontam que o jovem estava acima de 100 quilômetros por hora", explica o delegado.
Ainda segundo Holler, o pai do garoto também deve ser responsabilizado pelo acidente porque deixou a chave a mercê do filho em casa. "Por mais que o filho diga que pegou sem autorização, o pai possivelmente será indiciado por não ter agido com cautela. Além disso, ele mesmo assumiu que deixava o filho colocar e retirar o carro da garagem quando lavava o veículo", disse.
Foi instaurado um procedimento policial para investigar o ato infracional do garoto e a responsabilidade do pai dele no acidente. Os laudos periciais do local acidente deve ficar pronto no prazo de 15 dias, e a investigação deve ser encerrada em até 30 dias, caso não haja pedido de prorrogação do tempo limite.
Acidente - O acidente ocorreu na Avenida Nasri Siufi, esquina com a Rua da Restinga, no Jardim Tarumã, na saída para Sidrolândia, em Campo Grande e mobilizou o Corpo de Bombeiros, Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e o Batalhão da Polícia Militar de Trânsito.
O HB 20 trafegava pela Avenida Nasri Siufi em alta velocidade no sentido Centro-Bairro, quando o condutor, um garoto de 16 anos, perdeu o controle, saiu da pista e colidiu no poste. O carro ficou totalmente destruído e a passageira, Mariane Oliveira, 16, morreu no local.
Segundo o tenente Bruno Vilela, do Corpo de Bombeiros, o rapaz teve fratura na perna direita e foi encaminhado consicente para a Santa Casa de Campo Grande. O garoto contou que pegou o carro escondido dos pais para dar uma volta com a namorada, quando ocorreu a tragédia.
No local, o pai do condutor, um cobrador de ônibus, contou que o filho e a namorada cursavam o segundo ano do ensino médio na Escola Estadual Padre José Scampini, no Bairro Coophavila 2. Ele disse que o filho sempre costumava dar uma volta na quadra quando lavava o carro.
No entanto, atribuiu o acidente a falta de experiência do filho, que não tinha o hábito de pegar uma avenida movimentada como a Nasri Siufi, que é prolongamento da Avenida Lúdio Martins Coelho e interliga a Avenida Duque de Caxias e o anel rodoviário. A família reside no Bairro Serro Azul, que fica próximo do local da tragédia.