O reajuste do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) acima dos 9,57% estipulado pela prefeitura de Campo Grande, tem lotado a Central de Atendimento. Isso porque vários contribuintes se assustaram ao pegar o boleto e ver o imposto saltar de R$ 860 para R$ 2.490, reajuste de 189%, por exemplo. Esse é o caso do professor Roberto Wagner Andrade, de 52 anos, que precisou procurar a prefeitura hoje para entender por que precisará pagar uma diferença de R$ 1.630 no valor do imposto. Ele conta que tem um terreno cujo valor do IPTU cobrado era de R$ 860 até este ano.
Com o reajuste deste ano agora ele precisará desembolsar R$ 2.490. Sem entender o aumento de 189%, o que corresponde a quase três vezes o valor pago até então, ele foi até à central não só em busca de explicações, mas também para pedir revisão do tributo.
"Agora vão fazer o que? Vistoriar todos esses imóveisaté mês que vem? Vai chegar fevereiro, não vão ter vistoriado, e vou ter que pagar esse valor assim mesmo, mesmo ele sendo injusto", desabafa. Quem quitar o tributo até dia 10 de janeiro, à vista, tem direito a 20% de desconto.
Ganha 10% de desconto quem pagar até 12 de fevereiro ou parcelado em dez vezes, desde que os valores mensais não sejam menores que R$ 30.
Insatisfação - A pensionista Nilda Camargo, de 67 anos, foi à Central nesta manhã pelo mesmo motivo. A diferença é que, durante 30 anos, ela foi considerada isenta do pagamento. Entretanto, com a última atualização feita pela prefeitura, foi computada valorização dos dois terrenos dela, que ficam no Jardim Aero Rancho.
De um gasto zero com IPTU a pensionista agora precisará desembolsar R$ 260 pelo imposto de um e, R$ 570 pelo outro. Ela também busca a revisão do imposto pela prefeitura.
Durante cerca de meia hora na Central, o Campo Grande News conversou com sete pessoas que enfrentam o mesmo tipo de situação. Assim como o aposentado Alberto Penze Campanha, que pagava pouco mais de R$ 200 de imposto e, em 2016, precisará desembolsar R$ 1.276.
O valor do imóvel, agora é calculado em R$ 104 mil por causa de uma área construída, no entanto, o lugar se trata de um terreno vazio, sem imóvel algum. "Não faz sentido essa cobrança. Sem contar no transtorno de ter que vir até aqui em busca de esclarecimento", afirma o aposentado.