Até o final do primeiro semestre do próximo ano, pelo menos 200 dos 1.261 guardas municipais de Campo Grande vão portar armas de fogo nas ruas da Capital. Antes, porém, vão ter que passar por processo de seleção interna para fazer o curso de patrulheiros, que vai durar 200 horas de capacitação. O anúncio foi feito hoje de manhã pelo prefeito Alcides Bernal (PP) durante a inauguração do Centro Biopsicossocial da Guarda Civil Municipal, na sede da Secretaria Municipal de Segurança. Conforme o secretário municipal de segurança, Major Luidson Noleto, antes de receber a arma, os guardas municipais vão ser preparados. O curso de patrulheiros pretende abrir 250 vagas a partir de janeiro de 2016, mas somente 200 guardas serão armados nesta primeira fase do processo. Vão receber revólveres calibre 38, que foram doados pela Polícia Militar. Para a compra da munição a prefeitura deverá fazer licitação.
Para Luidson Noleto, além de passar pela seleção, os guardas municipais vão ter dois módulos no curso, o primeiro, com 120 horas, para a formação em atividades profissionais em sala de aula, incluindo o cuidado com a estrutura física e psicológica. No segundo módulo serão mais 80 horas para preparação de tiro a manuseio da arma de fogo.
O secretário destacou que a seleção será impessoal e vai convidar o Ministério Público para acompanhar todo o processo. “Não vamos prepará-los apenas para portar uma arma, mas para atender com qualidade nas atividades de rua”, comentou Noleto.
Em seu discurso Bernal lembrou do dia que esteve visitando a base da Guarda Municipal no prédio da antiga rodoviária e disse ter ficado chocado com as más condições do local, que não oferecia o básico para os homens e mulheres da coorporação trabalhar. “Fiz o compromisso de trabalhar para valorizar a Guarda Municipal e fico feliz em ver resultado tão rápido, graças ao empenho da corporação”, destacou.
O Centro Biopsicossocial, inaugurado hoje, faz parte dessa valorização da corporação disse o comandante da Guarda Municipal, Marcos César Houbel Escuichi. “Em 25 anos na Polícia Militar a guarda nunca esteve tão integrada como hoje”, afirmou, referindo ao trabalho conjunto que está sendo realizado neste final de ano, por exemplo, em que há 500 profissionais nas ruas da Capital atuando em parceria com a PM.
Fonte: CGN