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Volta do projeto 'Amigos' reaviva década áurea em que a música sertaneja ampliou território em todo o Brasil
NOVIDADES
Publicado em 08/05/2019

Apogeu do gênero na mídia começou com a exposição nacional de Chitãozinho & Xororó em 1989.

Por Mauro Ferreira do G1*

A retomada do projeto Amigos – em turnê nacional intitulada Amigos 20 anos – A história continua e programada para estrear em 20 de julho em Belo Horizonte (MG) com o primeiro dos quatro shows do cronograma inicial – reaviva momento de apogeu comercial do universo sertanejo ao longo da década de 1990.

Surgida em 1929, a música sertaneja sempre teve força no interior do Brasil. Duplas pioneiras como Tonico & Tinoco alcançaram projeção digna de popstars já nos anos 1940. 

A diferença é que essa força sertaneja, que nunca seca, era até então mais visível nos interiores e nos rincões mais distantes de um país de dimensões continentais como o Brasil. 

Foi somente em 1989, ano do estouro nacional das duplas Chitãozinho & Xororó e Leandro & Leonardo, que a música sertaneja começou a avançar por todo o Brasil, ampliando território e dando os primeiros sinais de que iria dominar as paradas nacionais em hegemonia efetivamente conquistada por geração posterior a partir dos anos 2000. 

Em bom português, foi na virada dos anos 1980 para a década de 1990, que o sertanejo invadiu o Rio de Janeiro (RJ), cidade até então refratária ao gênero, mas na época fundamental para a expansão sertaneja na mídia por ser a capital cultural do país. 

A partir da década de 1990, casas de shows que até então eram templos quase exclusivos dos ídolos da MPB e do rock – como o já desativado Canecão, símbolo máximo de status na indústria de shows do Brasil – abriram as portas e os palcos para shows de duplas como Chitãozinho & Xororó, Leandro & Leonardo e Zezé Di Camargo & Luciano, sendo que esta dupla irrompeu no alvorecer dos anos 1990 com a força de um vulcão cuja lava foi a cançãoÉ o amor (Zezé Di Camargo, 1991).

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