Caixa diz que precisa de licença do Corpo de Bombeiros para entregar Homex
20/04/2016 07:50 em BRASIL

Os 272 apartamentos de quatro condomínios da Homex, no Bairro Paulo Coelho Machado, em Campo Grande, precisam da licença do Corpo de Bombeiros, além do habite-se (autorização dada por órgão municipal permitindo que determinado imóvel seja ocupado), para serem entregues aos proprietários, de acordo com informações da CEF (Caixa Econômica Federal). O banco é responsável pelos financiamentos dos imóveis e afirmou que a empresa mexicana declarou falência em 2011, mas os proprietários dos apertamentos entrevistados pelo Campo Grande News afirmam que adquiriram os imóveis em 2012.

Em nota, a CEF afirmou que a obra ficou parada, mas foi retomada por outras empresas e concluída em junho de 2015. Os apartamentos são em quatro condomínios – Águas, Bem-Te-Vis, Cuiabá e Amoreiras – que ficam ao lado de outros prédios não finalizados e estariam impedindo a liberação das unidades que estão prontas.

“A Caixa esclarece que o empreendimento será entregue quando as unidades estiverem legalizadas, nesse caso, falta a liberação do habite-se, cujo processo de liberação já foi solicitado e a atualização da licença junto ao Corpo de Bombeiros”, diz a nota.

O Corpo de Bombeiros foi procurado para responder sobre o problema, mas informou que irá explicar o assunto somente no período da tarde, pois reúne informações a respeito do caso.

Ocupação - Desde sábado (16), 40 famílias ocuparam os apartamentos que afirmam serem proprietários. A frentista Elisandra Carla Garcia, 27 anos, disse que o sonho da casa própria virou "pesadelo".

Eles se mudaram para os imóveis, que estão sem água e luz e dizem que só vão sair quando a questão for resolvida.

“Fomos ao cartório com o contrato de compra, com toda documentação, e conseguimos a posse. Mas para liberar a obra só com o habite-se e a Caixa (Econômica Federal) diz que não tem porque a obra não está toda pronta. Queremos o desmembramento para podermos receber o que é nosso, é a nossa casa”, explica o vendedor Nathanahan Assis Herebia, 31 anos, marido de Elisandra.

 

Há aproximadamente 5 anos, os primeiros 94 mutuários começaram a entrar no condomínio Aroeira. A falência da empresa trouxe prejuízo de R$ 30 milhões a mutuários dos apartamentos da Homex.

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