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Skank grava show calcado nos três primeiros álbuns, sem seguir adiante
NOVIDADES
Publicado em 10/11/2017

por Mauro Ferreira

É quase regra no universo pop que bandas com mais de 20 anos de vida passem a sobreviver do passado de glória com shows de roteiros retrospectivos e com edições comemorativas de álbuns marcantes. As bandas querem continuar em cena com sucesso de público. E esse público quer ouvir os mesmos sucessos de sempre. O Skank tem surfado nessa onda cômoda, sem riscos.


De olho no retrovisor, o quarteto mineiro já lançou compilação com gravações feitas nos primórdios da banda, em 1991, e edições comemorativas dos 20 anos dos álbuns Calango(1994) e O samba poconé (1996), discos campeões de vendas que alicerçaram a trajetória da banda formada por Samuel Rosa (voz e guitarra), Haroldo Ferretti (bateria), Henrique Portugal (teclados) e Lelo Zaneti (baixo).


O próximo passo (para trás) do quarteto é gravar ao vivo o show da turnê intitulada Os três primeiros. Em vez de gravar o show comemorativo dos 20 anos do álbum O samba poconé, como previsto inicialmente, o grupo optou por fazer e registrar inédito show calcado nos três primeiros álbuns, incluindo músicas de Calango e do seminal Skank (1992).


Programada para acontecer em 25 de novembro em apresentação do quarteto na casa carioca Circo Voador, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), a gravação ao vivo gera em 2018 o CD, DVD, LP e blu-ray intitulados Os três primeiros – Ao vivo no Circo Voador. O sucesso é garantido. Tanto que, devido à grande procura, uma data extra já foi agendada para o dia anterior, 24 de novembro.


A questão é que uma banda da relevância do Skank poderia estar andando para frente, sem se apegar demasiadamente ao passado. É fato que o último álbum de músicas inéditas do grupo, Velocia (2014), deixou a sensação de que o Skank já gira na velocidade da própria luz mesmo quando renova o repertório. Mas era o caso de o grupo continuar tentando se reinventar, se desprendendo dos êxitos do passado para seguir adiante. Até porque foi assim, arriscando, que o Skank pariu obras-primas como os álbuns Maquinarama (2000) e Cosmotron (2003). Ainda há tempo para voltar a ser uma das bandas mais criativas do Brasil.


(Crédito da imagem: Skank em foto de divulgação)

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