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Coldplay faz show especial com música nova e diz que escolheu SP para gravar filme da turnê
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Publicado em 08/11/2017

Banda tocou nesta terça-feira (7) e volta na quarta (8) ao Allianz Parque; os dois shows devem virar DVD. Estádio lotado viu estrutura completa e banda afiada.

Por Rodrigo Ortega, G1

eu sorte quem foi ao Allianz Parque ver o Coldplay nesta terça-feira (7), ou tem ingresso para esta quarta (8). A banda escolheu São Paulo para gravar os shows, que devem virar o DVD ao vivo da turnê "A Head Full of Dreams". Por isso, a apresentação é especial.

Tinha tudo para ser um repeteco do show do ano passado, com repertório parecido, no mesmo local. Mas foi melhor. De todas as passagens deles pelo Brasil - 2003, 2007, 2010, 2011, 2016 e agora - esta deve ser a mais marcante. Veja alguns motivos:

 

  • Por conta da gravação, a parte técnica está impecável. Se o show de 2016 já impressionou em visual e efeitos, foi até pobre perto deste. Telões, estrutura de som, cenografia, fogos: o upgrade foi geral.
  • A banda, sabendo do registro, se esforçou como nunca. Dá para acusar Chris Martin de muita coisa, menos de não ser profissional. Cantou bem e deu suas rodadas no palco com energia de criança hiperativa (no DVD vai dar para contar, mas eu calculo umas 100 voltas em torno do próprio eixo).
  • No repertório entrou uma música nova que havia aparecido antes apenas em uma show em San Diego, nos EUA, em outubro. Para se ter uma ideia do quanto é pop de arena, a melodia é baseada no tradicional canto "olê, olê, olê" de torcidas.
  • Outra novidade, essa pela primeira vez na história da banda, foi o baterista Will Champion nos vocais. Ele assumiu (bem) a voz principal de "In my place".
  • Em "Charlie Brown" Chris Martin parou de tocar e pediu para os fãs abaixarem o celular "por ao menos uma música", para impressionar "quem vai assistir daqui a 50 anos". Todo mundo levantou só a pulseira piscante - e ficou bonitão.

 

 

 
Show do Coldplay em SP  (Foto: Celso Tavares / G1)Show do Coldplay em SP  (Foto: Celso Tavares / G1)

Show do Coldplay em SP (Foto: Celso Tavares / G1)

O resultado tem potencial para impressionar mesmo os espectadores de 2067. Chris Martin, aquele nerd tímido da década passada, está ainda mais à vontade como mestre de cerimônias de um show que é meio festa de formatura, meio réveillon colorido.

Além do show nesta quarta em São Paulo, eles também tocam no sábado (11) em Porto Alegre. Todos os ingressos estão esgotados.

Até a plateia foi fora do comum. Quem assistir ao filme pode achar que é truque de edição: como é que após um ano e meio de turnê, com o repertório mais que manjado, a multidão pode gritar surpresa com o início no piano de "The Scientist"? Mas rolou - e depois da gritaria do início, ainda foi uma das melhores partes da noite.

 
Show do Coldplay em SP (Foto: Celso Tavares / G1)Show do Coldplay em SP (Foto: Celso Tavares / G1)

Show do Coldplay em SP (Foto: Celso Tavares / G1)

Foi um show de duas horas, enxuto para o padrão de superproduções atuais. No maior discurso, Chris Martin lembrou massacres recentes e pediu "amor brasileiro" "ao Texas, ao Oriente Médio, a Nova York e à Argentina" (em referência os argentinos mortos em recente ataque na cidade americana).

 

Desde o ano passado, o vocalista tem dado declarações que indicam que este pode ter sido o último disco do Coldplay. Mas se o show de 2016 aqui teve cara mesmo de "fim de novela", este não deu o mesmo sinal - ainda mais com a música nova. Pelo menos um "Ao vivo em São Paulo" ainda deve sair.

 
Show do Coldplay em SP (Foto: Celso Tavares / G1)Show do Coldplay em SP (Foto: Celso Tavares / G1)

Show do Coldplay em SP (Foto: Celso Tavares / G1)

O Allianz Parque tem capacidade para cerca de 45 mil pessoas em shows, e estava lotado. Mas até a publicação desta reportagem, a assessoria de imprensa não havia confirmado o número de pessoas presentes.

O show estava previsto para as 21h, mas o Coldplay só subiu ao palco às 22h20. A banda pediu desculpas e disse no Twitter que houve um problema com a chegada dos equipamentos de pirotecnia ao Brasil. Chris Martin reforçou as desculpas pelo atraso no palco depois.

Bom para a atração de abertura, a carioca Iza, que subiu às 20h30 com o estádio já quase cheio. Foi oportunidade única: nos próximos shows quem abre é a inglesa Dua Lipa.

O pop com dançarinas de Iza não tem muito a ver com o Coldplay. Mas Iza mostrou a presença e a boa voz que a destacaram no palco de CeeLo Green no Rock in Rio. Recorreu a covers de Rihanna ("Rude boy") e MØ ("Lean on").

 
Show do Coldplay em SP  (Foto:  Celso Tavares / G1)Show do Coldplay em SP  (Foto:  Celso Tavares / G1)

Show do Coldplay em SP (Foto: Celso Tavares / G1)

 

 

Setlist - Coldplay na terça-feira (7) em SP:

 

 

  • "A Head Full of Dreams"
  • "Yellow"
  • "Every Teardrop Is a Waterfall"
  • "The Scientist"
  • "God Put a Smile Upon Your Face"
  • "Paradise"
  • "Always in My Head"
  • "Magic"
  • "Everglow"
  • "Clocks"
  • "Midnight" (trecho)
  • "Charlie Brown"
  • "Hymn for the Weekend"
  • "Fix You"
  • "Viva la Vida"
  • "Adventure of a Lifetime"
  • "Us against the world"
  • "In My Place" (Will no vocal)
  • "'Til Kingdom Come"
  • Nova música (referida por fãs como "Life is beautiful")
  • "Something Just Like This"
  • "A Sky Full of Stars"
  • "Up & Up"
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