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Saúde de MS diz que alterações em calendário não irão prejudicar imunização
BRASIL
Publicado em 30/01/2016

Apesar de a mudança no calendário de vacinação, anunciada pelo Ministério da Saúde, reduzir o número de doses de imunização, a gerente técnica da secretaria de Saúde do Estado, Kátia Mongenot, afirma que a alteração no calendário não vai deixar ninguém desprotegido. Ela diz que estudos comprovam que um número diferente de doses das que vinham sendo aplicadas são suficientes para a imunização. "Um exemplo é a vacina contra o HPV que agora será feita em duas doses. Todas essas mudanças anunciadas pelo Ministério da Saúde estão sendo feitas com base em estudos e a população pode ficar tranquila”, explicou.

De acordo com Katia, todas as informações já foram repassadas para as equipes técnicas das prefeituras e entre as mudanças estão alterações de doses de reforço para vacinas infantis contra meningite e pneumonia, esquema vacinal da poliomielite e a dispensa da terceira dose da vacina de papiloma vírus humano (HPV).

Conforme o Ministério da Saúde, um das principias mudanças é na vacina HPV. Agora o esquema vacinal passa para duas doses, sendo que a menina deve receber a segunda seis meses após a primeira, deixando de ser necessária a administração da terceira dose.

Estudos recentes apontam que o esquema com duas doses apresenta uma resposta de anticorpos em meninas saudáveis de 9 a 14 anos não inferior quando comparada com a resposta imune de mulheres de 15 a 25 anos que receberam três doses. As mulheres vivendo com HIV entre de 9 a 26 anos devem continuar recebendo o esquema de três doses.

Calendário infantil - Mudanças também no esquema de vacina de bebês e criança. Para os bebês, a principal diferença será a redução de uma dose na vacina pneumocócica 10 valente para pneumonia, que passará a ser aplicada em duas doses, aos 2 e 4 meses, seguida de reforço preferencialmente aos 12 meses, mas poderá ser tomado até os 4 anos. Essa recomendação também foi tomada em virtude dos estudos mostrarem que o esquema de duas doses mais um reforço tem a mesma efetividade do esquema três doses mais um reforço.

Quanto a pólio, o Ministério informa que a terceira dose da vacina contra poliomielite, administrada aos seis meses, deixa de ser oral e passa a ser injetável. A mudança é uma nova etapa para o uso exclusivo da vacina inativada (injetável) na prevenção contra a paralisia infantil, tendo em vista a proximidade da erradicação mundial da doença. No Brasil, o último caso foi em 1989.

A partir de agora, a criança recebe as três primeiras doses do esquema – aos dois, quatro e seis meses de vida – com a vacina inativada poliomielite (VIP), de forma injetável. Já a vacina oral poliomielite (VOP) continua sendo administrada como reforço aos 15 meses, quatro anos e anualmente durante a campanha nacional, para crianças de um a quatro anos.

Outra mudança será nas doses da vacina meningocócica C (conjugada), que protege as crianças contra meningite causada pelo meningococo C. O reforço, que anteriormente era aplicado aos 15 meses, passa a ser aplicado aos 12 meses, podendo ser feito até os 4 anos. As primeiras doses da meningocócica continuam sendo realizadas aos 3 e 5 meses.

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