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Ainda sem data para entrega de tiras de glicemia, distribuição continua escassa
BRASIL
Publicado em 26/01/2016

A escassez de tiras para medir glicemia, oferecidas pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) aos 1,6 mil pacientes inscritos no Programa de Controle ao Portados de Diabetes Mellitus, continua gerando reclamação das pessoas que necessitam do reagente para saber qual a dosagem correta de insulina que devem aplicar, possibilitando o controle da taxa de açúcar no sangue. Mãe de uma adolescente de 16 anos que há dez é beneficiada pelo programa, a assessora jurídica Valesca Garcia Martinez, diz que nesta segunda-feira (25) esteve no CEI (Centro de Especialidades Médicas) e foi informada de que a distribuição das tiras continua escassa e, por isso, a distribuição está sendo racionada.

“O problema é que os pacientes acabam recebendo um número menor do que o prescrito pelo médico”, reclama. No caso da filha Beatriz, por exemplo, a recomendação é de 150 fitas por mês, mas Valesca conseguiu pegar apenas 100.

O restante ela tem adquirido em farmácias. "Não dá para pegar menos do receitado. Esta noite precisei monitorar a taxa de glicemia de hora em hora. Tem dias que ela fica descontrolada por alguma alteração hormonal e se a medição não for correta, ela pode sofrer uma hipoglicemia”, explica.

Outro problema relatado por Valesca é quanto a falta de ampolas de insulina, também entregues aos pacientes inscritos no programa. Ela diz que no caso de Beatriz, são necessárias pelo menos quatro doses por mês e que em dezembro precisou comprar todas, já que a distribuição não foi feita pela prefeitura.

Como cada ampola custa cerca de R$ 89,00, Valesca diz que só em dezembro gastou pelo menos R$ 500,00 entre ampolas e as tiras de glicemia que faltaram.

“Ameacei entrar em contato com a Ouvidoria caso não conseguisse as ampolas este mês. Foi então que uma funcionária do CEI se comprometeu a reservar as ampolas para mim”, revela.

Ainda segundo Valesca, a funcionária teria dito que esta semana chegariam apenas 300 ampolas e por isso muitas pessoas ficariam sem a insulina.

Na opinião de Valesca, além da dificuldade em conseguir as fitas e a insulina, outra grande perda do programa foram as palestras ministradas pro profissionais da Saúde, que orientavam os pacientes e pais sobre o diabetes.

A participação, inclusive, era requisito para ser beneficiado pelo programa. “Era ótimo conversar e tirar dúvidas com médicos e psicólogos. Agora não existe mais nada disso”, ressalta.

Licitação – A assessoria da Sesau informou que foram disponibilizadas na rede, 50 mil tiras de glicemia em caráter de emergência e que já foi feita uma licitação para a compra de três milhões de tiras, que permitirão o suprimento por um ano.

O processo já foi encerrado e a prefeitura aguarda a entrega do produto pela empresa Injex, vencedora do certame, no entanto não detalhou quanto tempo ainda irá levar para o produto ser distribuído na rede. Segundo a Sesau, a licitação feita na administração passada indicava superfaturamento e favorecimento a uma única empresa.

A assessoria também ressalta que todo o estoque de medicamentos está sendo recomposto e que alguns produtos ainda não chegaram por questões de logística das empresas.

Assim que forem descarregados no almoxarifado da Sesau, serão encaminhados aos postos de saúdee os pacientes serão avisados por telefone.

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