A estudante Karolina Ribeiro Soares Rodrigues, 17 anos, passou por duas consultas no CRS (Centro Regional de Saúde) do bairro Coophavilla, em Campo Grande, antes de ser internada no HR (Hospital Regional), onde faleceu ontem (13). A SES (Secretaria Estadual de Saúde), que administra o HR, informou que o caso já é investigado pela Vigilância Epidemiológica como suspeito de dengue. A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que nas duas vezes que esteve no CRS, ela foi atendida de forma padrão para casos suspeitos de dengue. Karolina apenas recebeu hidratação e foi liberada em seguida. Porém na manhã dessa quarta-feira (13) ela foi transferida para o HR, às 9 horas, onde chegou consciente e relatou que estava com dores nas costas. Apenas 15 minutos depois sofreu uma parada respiratória e foi encaminhada para o CTI (Centro de Terapia Intensiva). No local ela foi reanimada por duas horas, mas não resistiu e morreu.
Na madrugada de terça-feira (12), Maria Fernanda Amarilha Pereira, 8 anos, morreu em uma na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Almeida. Ela tinha dengue clássica e Sesau informou que a morte aconteceu porque a menina também tinha cardiopatia congênita. Porém a família nega qualquer problema desaúde anterior e diz que a criança era saudável.
O atendimento prestado a criança também foi alvo de críticas dos familiares, que relataram ter levado Maria Fernanda para a UPA no domingo (10) de onde ela saiu no dia seguinte, mas voltou a passar mal e foi novamente encaminhada na segunda-feira (11), às 22 horas. “Só deram soro mesmo e nada mais”, disse Leonardo Amarilha Gimenez, 27 anos, primo da criança.
Como Maria Fernanda teve a doença confirmada, a Sesau informou apenas que iria investigar se a morte foi ou não causada pela dengue.