A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul pediu ajuda à polícia paraguaia para localizar e prender os suspeitos de participação na execução do policial civil Aquiles Chiquin Júnior. Todos estão com as prisões decretadas mas, de acordo com as investigações, após o crime fugiram para Ypejhu, cidade paraguaia que faz fronteira com Paranhos, a 469 km de Campo Grande.O mandante, Diego Zacarias Alderete Peralta, estaria em Assunção, de acordo com informações que circulam na fronteira. Ele é irmão de Arnaldo Andres Pereira, filho do chefe da quadrilha dos Alderete, conhecido na região como Zacarias. A casa da família, em Paranhos, foi metralhada no dia seguinte ao da morte do policial civil.
Diego e Arnaldo e outros seis homens estavam na padaria no dia 19 de outubro do ano passado, quando foram atacados por homens que estavam em uma caminhonete e dispararam mais de 100 tiros, matando cinco pessoas. Arnaldo morreu no local e Diego teve a perna amputada por conta dos ferimentos, e no mesmo dia foi transferido de avião para receber tratamento em São Paulo.
Aquiles Chiquin Júnior foi morto no último dia 14 com tiros de fuzil calibre 5,56 quando fazia musculação em uma academia no centro de Paranhos. As investigações apontam que o crime teria sido cometido por vingança, pela quadrilha dos Alderete, que disputa com o bando do qual faz parte o irmão do policial.
O irmão de Aquiles antes fazia parte do grupo dos Alderete e teria passado para a quadrilha adversária. Aliado a isso, os criminosos estariam descontentes com a atuação da polícia civil de Paranhos, que vinha intensificando o combate ao tráfico de drogas.
Segundo as investigações, os disparos que mataram Aquiles Chiquin Júnior teriam sido feitos por um homem conhecido como “Brinquinho”, que tem várias passagens pela polícia e teria escapado de uma barreira policial dias antes da execução de Aquiles Junior.
Como os envolvidos no assassinato já estão identificados e com as prisões decretadas, a polícia civil reduziu o número de equipes em Paranhos. E haverá rodizio entre os policiais. Permanecerá fixo na região apenas a equipe do delegado da Denar (Delegacia Especializada de Combate a Narcóticos) de Campo Grande, João Paulo Sartori, que vai presidir o inquérito.