O carioca Sérgio Lima dos Santos, 34 anos, suposto atirador que manuseava a arma que atingiu o empresário e traficante Jorge Rafaat Toumani, 56 anos, executado na noite de quarta-feira (15), foi abandonado pelos comparsas em um hospital no Paraguai, onde está internado em estado grave. A polícia paraguaia afirma que cerca de 100 pistoleiros participaram da emboscada. Segundo o site Capitanbado.com, o Ministério Público paraguaio confirmou que, dos nove presos até o momento, apenas Sérgio Lima, atirador que lidou com a metralhadora antiaérea, é acusado de homicídio. Os outros eram guardas particulares de Jorge que foram feridos durante o tiroteio.
A promotora Camila Rojas afirma que há vários detalhes que ainda não podem ser divulgados. “Vamos tentar encontrar o verdadeiro culpado. Estamos apenas começando a investigação e temos nove suspeitos até agora”, disse.
Por causa da disputa pelo controle do narcotráfico na fronteira com o Paraguai, Jorge Rafaat Toumani, foi executado na noite de quarta-feira (15) com vários tiros de fuzil .50, usado geralmente para abater aeronaves. Sérgio está internado em estado grave sob escolta da Polícia Nacional.
A caminhonete Toyota Fortuner SUV em que estava Sérgio, roubada na Argentina, foi preparada para o ataque. O banco traseiro foi arrancado, para que fosse instalado o fuzil .50 com suporte. Depois do ataque, o veículo ficou cheio de sangue, o que demonstra que o atirador foi ferido pelos seguranças de Jorge Rafaat.
Conforme apurado pela reportagem, a morte de Rafaat foi um decisivo capítulo em uma guerra envolvendo o grupo dele e o PCC (Primeiro Comando da Capital). A facção brasileira, que age principalmente dentro de presídios, estaria expandindo negócios na área fronteiriça, sofrendo resistência por parte do concorrente.