Frascos sempre têm mais do que dez doses de vacina, diz instituto
25/05/2016 13:16 em BRASIL

O Instituto Butantan emitiu uma nota explicativa, nesta quarta-feira (25), do processo de produção de vacinas contra o vírus causador da gripe H1N1 em que afasta a hipótese levantada pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) de que teria recebido doses a menos por frasco. O Município tenta explicar como falta o produto em postos de saúde, enquanto os números mostram haver sobra da medicação. Segundo o fabricante, todo processo é automatizado e os frascos recebem volume maior do que o equivalente a 10 doses para garantir o fornecimento correto. 

O argumento de que frascos estariam vindo com apenas 8 doses foi apresentado diante da constatação de que o município recebeu do Estado 32 mil doses a mais do que o público vacinado. 

Ontem, a Prefeitura informava que ainda haviam 18 mil nos postos, 8 mil para imunizar população carcerária e, atualizando a cobertura atingida, ainda faltava justificar o paradeiro de 3,1 mil doses. A reportagem do Campo Grande News apurou e mostrou falhas na estratégia de vacinação, uma vez que integrantes do grupo prioritário não conseguiram ser vacinados em várias unidades de saúde, informados de que as doses tinham acabado, ao passo em que outros que não integram esse público conseguem ser imunizados. Até mesmo integrantes da reportagem conseguiram ser vacinados. 

Confira, na íntegra, a nota do Instituto Butantan:

A fabricação de imunobiológicos pelo Instituto Butantan segue rigorosos padrões, com todos os processos certificados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No caso da vacina da gripe, envasa-se sempre uma quantidade superior à correspondente a dez doses (5ml), de forma a garantir a existência de dez doses por frasco, de acordo com a especificação descrita no registro do produto. O processo de envase é totalmente automatizado. É importante destacar que, ao ter toda a linha de produção da vacina influenza (gripe) certificada pela Anvisa, em 2014, o Instituto Butantan se tornou o primeiro laboratório público brasileiro a receber Certificação de Boas Práticas de Fabricação para uma linha completa de produção.

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