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Seis presos em operação tentam se livrar da prisão com recurso no TRF
BRASIL
Publicado em 19/05/2016

Seis dos oito presos preventivamente na Operação Fazendas de Lama já entraram com HC (Habeas Corpus) no TRF3 (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região, que abrange os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. O advogado Hilário Carlos de Oliveira, que defende Wilson Roberto Mariano de Oliveira e a filha dele, Mariane Mariano de Oliveira, ainda está preparando recurso, mas não decidiu se vai apelar na Justiça Federal no Estado ou na TRF3. Os HCs correm em sigilo, por isso não é possível ter acesso aos argumentos usados pelos advogados dos presos. Mas conforme consta no site do TRF3, o escritório do advogado paulista Alberto Zacharias Toron, junto com o advogado de Campo Grande Benedicto Arthur de Figueiredo Neto, protocolou o Habeas Corpus no final da tarde do último dia 16, segunda-feira.

Os advogados ingressaram o HC em nome do empresário João Alberto Krampe Amorim dos Santos, dono da Proteco, a filha delem Ana Paula Amorim Dolzan, e da sócia de Amorim na Proteco, Elza Cristina dos Santos.

Já o advogado Valeriano Fontoura protocolou o HC no final da manhã de segunda-feira, em nome do ex-secretário estadual de Obras, Edson Giroto, da mulher dele, Rachel Rosana de Jesus Portela Giroto, e do cunhado dele, Flávio Henrique Garcia Scrocchio. Todos os processos foram distribuídos para a 5ª Turma do TRF3 e será relatado pelo desembargador Paulo Fontes.

As mulheres conseguiram autorização da Justiça Federal para cumprirem a preventiva em regime domiciliar. Os homens foram transferidos para o Centro de Triagem na tarde de segunda-feira (16). Desde que foram presos no dia da Operação Fazendas de Lama (segunda fase da Lama Asfáltica), eles estavam recolhidos nas celas da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico).

O advogado Hilário Carlos de Oliveira afirma que, ao contrário do que foi divulgado, os quatro presos na segunda fase da Operação Lama Asfáltica não ocupam cela especial, embora tenham curso superior. “Lá não tem chuveiro quente, é um banheiro só para todos e eles nem podem esticar as pernas”, denuncia.

Segundo ele, todos os 24 presos ocupam a única cela disponível no Centro de Triagem, onde a maioria dos internos são policiais presos por prática de crimes e que não podem ficar recolhidos com outros presos. Oliveira afirmou que vai denunciar a situação a vários órgãos.

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