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Prefeitura fará licitação para reduzir espera de pacientes com câncer
BRASIL
Publicado em 09/05/2016

A cada dia fica mais grave a situação de pacientes da região sul de Mato Grosso do Sul que dependem de atendimento no Hospital do Câncer de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande. Pelo menos 128 pessoas com diagnóstico de câncer estão sem fazer as sessões de quimioterapia porque o CTCD (Centro de Tratamento de Câncer de Dourados) alega não ter dinheiro para pagar os fornecedores de medicamentos porque não recebe em dia do Hospital Evangélico, unidade credenciada pelo Ministério da Saúde para oferecer serviço de oncologia na segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul. A dívida do hospital com a clínica particular chegaria a R$ 500 mil. Na semana passada, o Evangélico, por meio da assessoria, reconheceu a dívida, mas disse que o atraso era de menos de 20 dias.

Uma notificação extrajudicial foi encaminhada pelo hospital ao CTCD pedindo a devolução do prédio onde funciona o Hospital do Câncer por quebra de contrato – suspensão do atendimento aos pacientes.

O chamado “Hospital do Câncer de Dourados”, construído em terreno do Evangélico com doações de voluntários e órgãos públicos, nunca funcionou de forma independente. Ainda na década de 90 o Evangélico terceirizou o serviço de oncologia e cede o espaço para o CTCD, clínica formada por médicos douradenses.

O Centro de Tratamento de Câncer rejeitou a notificação do Evangélico e descarta devolver o serviço. Segundo a empresa, a suspensão do atendimento ocorre porque o hospital não paga em dia pelos serviços prestados.

Nova licitação – Nesta segunda-feira (9), o secretário de Saúde de Dourados, Sebastião Nogueira, disse ao Campo Grande News que a licitação para contratar outro prestador de serviço de oncologia já começou a ser elaborada. “Estamos na fase de elaboração do edital e em 60 dias essa situação estará resolvida”.

Segundo ele, tanto empresas de Dourados quanto de outras cidades de Mato Grosso do Sul e até de outros estados poderão participar. “Na semana passada determinei ao Hospital Evangélico que assuma o serviço de oncologia, porque é o Evangélico que tem o credenciamento. Mas sabemos que isso não vai resolver o problema porque se o hospital não consegue pagar o CTCD, também não vai conseguir manter o serviço em andamento”.

Nefrologia – Segundo o secretário de Saúde, a solução para a crise da oncologia pode ser a contratação de outro prestador de serviço, como já está sendo feito com o setor de nefrologia – atendimento a pacientes renais crônicos.

“Fizemos a licitação e selecionamos duas empresas de Dourados. Estamos na fase de assinatura dos contratos. Por enquanto o serviço continua sendo oferecido pelo Evangélico, mas logo será de responsabilidade dessas duas empresas selecionadas na licitação”, explicou Sebastião Nogueira.

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