A Assembleia Legislativa resolveu anular a licitação, realizada no dia 1º de abril, para escolha da empresa que faria o primeiroconcurso público do legislativo estadual. O motivo é que a candidata mais qualificada, a empresa Oppus Concurso, ofereceu R$ 79,9 mil, considerado baixo para realização do certame. O presidente da Assembleia, deputado estadual Junior Mochi (PMDB), explica que, como no edital não previa um valor mínimo, a comissão doconcurso chegou à conclusão que a empresa Oppus Concurso, do Paraná, apresentou um "preço vil", que não daria para realizar o concurso, por isso toda licitação foi anulada.
No dia do pregão presencial, o preço médio estipulado, depois de pesquisas de mercado, era de R$ 662 mil, no entanto a empresa que ofereceu o menor preço, chegou a R$ 79,9 mil, o que corresponde a 12% do valor inicial. Foram apresentados os documentos para análise da comissão, que ontem (05), decidiu anular o processo.
Mochi explicou que vai adotar uma nova modalidade, para a escolha da empresa, convocando as três de maior credibilidade no mercado nacional: Fundação Getúlio Vargas, Cespe/UNB e Fundação Carlos Chaga. Elas vão apresentar propostas, e a comissão vai escolher a melhor para realização do certame.
"Será uma contratação por inexigibilidade, nós poderíamos ter adotado este modelo anteriormente, mas preferimos fazer o pregão presencial para ser mais democrático, no entanto houve todos estes problemas, e resolvemos optar por esta alternativa", disse Mochi.
No dia do pregão presencial houve muitas reclamações da empresas participantes, em função das regras e falta de informações no edital. O certame inclusive teve que ser interrompido durante sua realização, após impasse, para análise jurídica. No final, a maioria (empresas) disse que entraria com recursos após apresentação do resultado final.