Os professores da rede municipal de ensino de Campo Grande entrarão em greve a partir do dia 2 de maio, próxima segunda-feira. A decisão de paralisar as atividades foi tomada nesta terça-feira (26) em reunião na ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da EducaçãoPública), que reuniu 300 docentes. O próximo passo será divulgar uma campanha com o slogan “Quem não cumpre com aeducação, não merece reeleição”. A frase que deve estampar camisetas, faixas e anúncios mira o prefeito Alcides Bernal (PP).
A agenda da greve inclui visitas aos colégios entre amanhã (dia 27) e sexta-feira. No dia 2, os professores farão passeata até o Paço Municipal, na avenida Afonso Pena. No dia 3 de maio, a categoria vai à Câmara Municipal. A direção do sindicato também vai tentar reunião com o prefeito. Os professores cobram 11,36% de aumento em 2016, além dos 13,01% referentes a 2015,
Segundo o presidente da ACP, Lucílio Souza Nobre, a categoria quer que o Poder Executivo cumpra a lei do piso para o magistério. “Enviamos 11 ofícios e não teve retorno”, reclama, sobre a dificuldade de diálogo com a prefeitura.
De acordo com o presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Roberto Botarelli Cesar, uma última tentativa de negociação será tentada nesta terça-feira, com reunião com representante do Executivo. “É a última tentativa. Temos feito no interior e tem dado certo”, afirma.
De novo – Caso confirmada, a greve dos professores será a segunda consecutiva na Capital, onde o ano letivo começou em 15 de fevereiro. No ano passado, os alunos enfrentaram greve por 77 dias. A Reme (Rede Municipal de Ensino) tem 95 mil alunos.