Cerca de 60 escolas municipais de Campo Grande estão com problemas nos setores de limpeza e alimentação devido à greve dos servidores administrativos da educação, que já dura 12 dias, e pais e alunos estão realizando os serviços de manutenção. As informações são do presidente do Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais de Campo Grande), Marcos Tabosa. Segundo ele, 700 servidores aderiram à greve. Com isso, pais, alunos e professores estão se voluntariando para fazer os serviços que estão comprometidos.
“Além dos pais e dos alunos, os professores e diretores estão realizando as atividades”, diz o sindicalista. O presidente explicou que nas escolas de período integral, além dos voluntários, funcionários de uma empresa privada foram contratados para auxiliar nos serviços.
O presidente da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública), Lucílio Souza Nobre, explicou o assunto foi debatido em assembléia da categoria e que os professores não devem fazer outro tipo de função que não seja a delimitada a eles.
“Decidimos que os professores não vão fazer qualquer atividades fora de sua competência, isso é desvio de função e pode gerar até um processo administrativo”, completando que os professores não devem atender a solicitações de diretores e que esse tipo de atitude “enfraquece a movimentação dos servidores”.
A greve dos servidores começou no dia 31 de março, e na manhã desta segunda-feira (11), o prefeito, Alcides Bernal (PP), reafirmou a proposta de reajuste de 9,57% e aceitou as reivindações da classe, que pede bolsa alimentação de R$ 320 e aumento de 20% na produtividade, que hoje é de R$ 354.