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Laboratórios de MS esperam auditoria para pode realizar exame de mormo
BRASIL
Publicado em 30/03/2016

Cinco laboratórios de Mato Grosso do Sul estão a espera de auditoria do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) do Rio de Janeiro, para receber a autorização e realizar exames de mormo, doença bacteriana que acomete equídeos e até humanos. Com 10 casos confirmados de mormo no Estado, as amostras do sangue do animal estão sendo enviadas a São Paulo pelos proprietários, que acabam desembolsando até R$ 100 a mais, do que se a análise do exame fosse realizada em Mato Grosso do Sul. 

De acordo com a Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal), São Paulo realiza dois mil exames por mês, enviados de Mato Grosso do Sul.

Em Campo Grande, três laboratórios pediram auditoria e Costa Rica, Aquidauana e Amambai, também estão na fila de espera, segundo a SFA (Superintêndencia Federal de Agricultura de Mato Grosso do Sul).

O laboratório Diagnovet esperou dois anos para receber auditoria do Inmetro. Conforme a veterinária responsável pelo laboratório, Kárin Kuibida, em março deste ano, o laboratório foi acreditado pelo Inmetro.

"Só para a auditoria, demorou dois anos e já foi realizada. Agora, estamos esperando o Ministério da Agricultura liberar e estaremos autorizados para realizar os exames de mormo e anemia infecciosa", informa. Segundo a veterinária, o Diagnovet será o único em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso a realizar o exame de anemia Elisa, autorizado pelo Inmetro. "É um método novo e o resultado deste exame fica pronto no mesmo dia, diferentes dos outros exames de anemia que o resultado sai em 48 horas", explica.

Ainda conforme Kárin, a análise do exame de mormo no laboratório deve custar em média R$ 50. "Mas isso só a análise do exame, pois é preciso que um veterinário colha o sangue do animal que esteja com suspeita de mormo, faça a confecção da resenha e encaminhe para o laboratório. Ou seja, quando o proprietário envia para São Paulo as amostras de sangue, gasta mais de R$ 150, com Correio entre outras taxas", avalia.

Em dezembro do ano passado, a Clínica São Bernado de Campo Grande, solicitou auditoria do Inmetro. De acordo com a proprietária, Paula Rosa Carrijo, todo o processo é feito via internet. "Em dezembro, entrei com solicitação para estender o exame de mormo, pois já temos a creditação do exame de anemia infecciosa", alega.

Paula explica ainda que depois do Inmetro fazer a auditoria e liberar a acreditação, o Mapa (Ministério da Agricultura e Planejamento) precisa liberar o credenciamento. "Mas essa demora toda, complica um pouco nossa situação, já que junto com as amostras de mormo, os proprietários encaminham a São Paulo o exame de anemia que nós fazemos, ou seja, todo dinheiro está indo para fora", avalia. Mormo - Casos de mormo, doença bacteriana contagiosa que acomete equídeos, nunca haviam sido registrados em Mato Grosso do Sul, até março de 2015 e de lá para cá, já são 10 casos. O mormo pode ser transmitido para humanos e a doença não tem cura, sendo necessário que o animal seja sacrificado e a propriedade interditada, para que a área fique livre de mormo.

Inmetro - De acordo com o Inmetro, a avaliação do laboratório ocorre cinco meses após a aceitação da solicitação da acreditação ou de extensão da acreditação. A aceitação ocorre após o laboratório ter encaminhado toda documentação solicitada pela Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro.

Ainda segundo o instituto, apenas a Cgcre (Coordenação Geral de Acreditação) é a unidade responsável no País pela acreditação de organismos de avaliação da conformidade. Não há representação da Cgcre em outras dependências do Inmetro fora do Estado do Rio de Janeiro.

O Inmetro alegou ainda que dois laboratórios de Campo Grande receberam auditoria e estão capacitados para a realização do ensaio de mormo e o de Amambai, arquivou a solicitação.

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