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Casal suspeito de matar taxista é expulso da Bolívia e preso no Brasil
BRASIL
Publicado em 22/03/2016

Edgar Souza de Arruda, 26, e Ingrid da Silva Soares, 23, casal acusado de matar o taxista Claudinei Guerreiro, 64, com um golpe de faca no pescoço durante ação para roubar o carro no dia 09 de março, estavam escondidos na Bolívia e foram expulsos do país, no final da tarde de segunda-feira (21). O casal está preso na delegacia de Polícia Civil de Corumbá, distante 419 km de Campo Grande. De acordo com informações do Diário Corumbaense, o casal havia sido detido no sábado (19), pelos policiais bolivianos da Diprove (Direção de Investigação e Prevenção ao Roubo de Veículos), em Porto Suárez.

Ingrid que está grávida de seis meses, precisou ser levada para um hospital boliviano, de onde só saiu no final da manhã dentro de uma ambulância do Corpo de Bombeiros de Corumbá.

O processo de entrega dos suspeitos do latrocínio durou praticamente um dia inteiro. Logo pela manhã, o comandante de Polícia da Área 3 da PM, coronel Evaldo Mazuy, e o comandante do 6º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel César Freitas Duarte, se reuniram na Bolívia com o comandante de fronteira da Polícia Boliviana, coronel Hugo Justiniano Añez.

No encontro, ficou acertada a entrega dos suspeitos e do carro do taxista para a polícia brasileira. Conforme o coronel boliviano, as polícias dos dois países estão trabalhando em conjunto para tirar de circulação pessoas que cometem crimes no Brasil e se escondem na Bolívia.
"Tínhamos conhecimento que estavam aqui e encontramos os possíveis autores e o veículo. Estamos cuidando dos trâmites para entregarmos à migração para que os expulse do país”, afirmou.

Os suspeitos foram entregues para a Polícia Militar às 17h30 e Edgar foi levado para a Polícia Civil e Ingrid, para o Hospital de Corumbá. A entrega deles por expulsão da Bolívia foi assinada, após chegada ao Brasil, pela Polícia Federal. A Polícia Civil de Corumbá informou, durante reunião na migração boliviana, que mandados de prisão para os dois já tinham sido expedidos pela justiça brasileira, mas não deu mais detalhes sobre o caso.

A viúva do taxista morto, Candelária Guerreiro, acompanhou por quase nove horas, a entrega dos suspeitos e do carro roubado. Ela comentou ao Diário Corumbaense, que esse momento serve para amenizar a dor. "Espero que a justiça dos homens seja feita, está começando a ser feita agora. Entreguei na mão de Deus. Estou destruída, se estou aqui de pé é porque ele, de onde estiver, está aqui do meu lado. Ele nunca me abandonou, me deu o sobrenome Guerreiro e eu vou fazer jus a ele. Agradeço aos policiais empenhados nessa busca”, afirmou.

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