Um brasileiro está entre os 15 integrantes que ocupam a cadeira de juiz da Corte Internacional de Justiça da ONU! A conquista é do professor Leonardo Nemer Caldeira Brant, eleito na última sexta, 4.
Ele assume a cadeira vaga desde maio do também juiz brasileiro Antônio Augusto Cançado Trindade, que faleceu este ano. Leonardo ocupará o cargo até 2027.
“Essa é uma eleição que indica o seguimento do grande legado deixado pelo professor Cançado Trindade, o qual eu, com a minha personalidade e com a minha consciência, evidentemente, procurarei seguir, como jurista junto à Corte Internacional de Justiça”, disse Leonardo Brant, em comunicado oficial da ONU.
Favorito
Segundo a ONU, o jurista obteve um total de 121 votos favoráveis na Assembleia Geral e outros 13 no Conselho de Segurança para assumir o posto. Os outros candidatos eram o argentino Marcelo Kohen e o também brasileiro professor Paulo Borba Casella.
O candidato vencedor precisava da maioria absoluta dos países eleitores. Na Assembleia-geral deveria ultrapassar os 97 votos e 8 no Conselho de Segurança.
“Uma vitória do Brasil, que envolveu o Itamaraty e a minha atuação igualmente. Tenho a certeza que farei todo o meu possível para honrar tanto o nome do Brasil quanto o direito internacional junto ao meu trabalho à Corte Internacional de Justiça”, acrescentou o jurista.
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Corte Internacional de Justiça
É importante ressaltar que a Corte Internacional de Justiça difere do Tribunal Penal Internacional, que também tem sede em Haia.
Fundada em 1945, a corte tem 15 juízes que cumprem um mandato de nove anos e está sediada em Haia, na Holanda.
A Corte julga questões entre Estados e responde a consultas de órgãos ou agências especializadas das Nações Unidas (ONU).
Ainda de acordo com a ONU, diferentemente do Tribunal Penal, a Corte não tem jurisdição para julgar processos contra indivíduos acusados de genocídio, crimes de guerra e crimes contra a humanidade, por exemplo.
O brasileiro Leonardo Nemer Brant ocupará o cargo até 2027 – Foto: reprodução ONU
Com informações de O São Gonçalo