Por Mauro Ferreira, G1
Atração principal do réveillonde Copacabana, festa-show que concentra multidões na mítica orla do bairro carioca, Anitta certamente tem muito o que comemorar na virada de 2017 para 2018. Numa trajetória improvável para quem veio do marginalizado universo do funk fluminense, a cantora e compositora carioca se tornou um nome de alcance planetário. Composto por quatro singles e clipes que juntaram a artista a nomes do pop internacional, o projeto CheckMate cumpriu de setembro a este mês de dezembro a missão de consolidar mudança de imagem iniciada há dois anos com a edição do álbum Bang! (2015).
Só que 2018 está se aproximando e Anitta entra no ano novo com a missão de dar continuidade a um projeto maior, o de sedimentar a carreira internacional. A explosão do clipe de Vai malandra (Isaac Daniel, Anitta e Brandon Green) – música que reconecta a artista ao universo do funk carioca, mas com flertes contemporâneos com o trap e com o batidão paulista – fez barulho nas duas últimas semanas de 2017, provocando discussões musicais, sociais e comportamentais.
Com tanto ruído, a pergunta que se impõe é: e agora, Anitta?? Como a bola vai continuar a rolar no campo da música, já há especulações sobre a conexão da cantora com a Copa do Mundo da Rússia. É provável que, pelo alcance já global do nome da artista, Anitta seja mesmo uma das atrações musicais da cerimônia de abertura da competição esportiva. E que Machika, single que será lançado pela cantora em 2018 em dueto com o astro colombiano J. Balvin, seja uma das músicas da trilha sonora oficial do próximo campeonato mundial de futebol.
Não é preciso ter dons premonitórios para saber que Anitta vai continuar sob os holofotes no ano novo. A questão é saber se toda essa projeção planetária vai gerar efetivamente uma sólida carreira internacional com shows, discos e prestígio.