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Sam Smith arrisca pouco e repete chororô em seu 2º disco, 'The Thrill of it All'
MÚSICA
Publicado em 06/11/2017

Com mesmos produtores e influências, cantor inglês fala sobre relações complicadas em todas as músicas. Veja faixa a faixa.

Por Braulio Lorentz, G1

segundo disco de Sam Smith não foi feito para correr riscos. Quem chorou com os sucessos "Stay with Me" e "I'm not the only one", em 2014, tem 14 novos motivos para chorar de novo.

Lançado na sexta-feira (3), "The Thrill of it All" tem os mesmos produtores e intenções da estreia do cantor londrino de 25 anos.

De novo, a produção é comandada pelos pouco badalados ingleses Jimmy Napes e Steve Fitzmaurice. "In the Lonely Hour" vendeu 12 milhões de discos e fez com que Sam ganhasse quatro prêmios no Grammy.

Todas as músicas, de forma mais ou menos direta, são sobre relações complicadas. Musicalmente, o negócio continua sendo baladas com influências de soul, blues, pop e um tiquinho assim de hip hop.

A única coisa estranha é que a faixa-título só faz parte da edição com quatro músicas bônus. Além dela, estão lá "Nothing Left for You", "Scars" e "One Day at a Time".

 

Veja o faixa a faixa de "The Thrill of it All":

 

 

"Too Good at Goodbyes"

 

O primeiro single foi muito bem escolhido. Faz lembrar bastante os dois maiores hits dele, com pianinho e vocal sussurrado nos primeiros versos, até Sam soltar a voz no refrão, apoiado por um coro. "É sobre virar perito em ser rejeitado", resumiu o cantor.

 

"Say It First"

 

Menos exagerada do que a maioria do álbum, tem alguns toques do novo hip hop de Frank Ocean e do pop alternativo de Lorde: como o insistente e cativante "Say it, say it" do refrão. É produzida por James Ryan Ho (Malay), que trabalhou com a cantora e o rapper.

 

"One Last Song"

 

É um soul bem cantado, mas de letra previsível e impessoal. "Sei que você não quer falar comigo, então vou fazer isto / Talvez você esteja ouvindo, então esta é uma última música para você". Tem ainda os instrumentos de sopro da banda de funk/soul Dap-Kings.

 

"Midnight Train"

 

Tem de novo o Dap-Kings e a mãozinha boa de Malay. Fala de separação, mas em tom mais empoderado e menos choroso do que na maioria das letras que canta. "Eu sou um monstro? O que sua família vai pensar de mim (...) Eu dei um pedacinho de mim todo dia / Então vou catar cada um desses pedaços e pegar o trem da meia-noite".

 

"Burning"

 

É dona da letra mais pessoal do álbum. "Eu venho queimando desde que você foi embora / Andei fumando mais de vinte por dia", canta. Começa só com ele cantando, daí vem piano e coro.

 

 

"HIM"

 

É sobre um menino revelando ser gay ao pai. Em alguns trechos, o vocal é mais falado e menos cantado. "Não tente dizer para mim que Deus não se importa com a gente / É ele que eu amo", canta Sam.

 

"Baby, You Make Me Crazy"

 

Depois dos dois momentos intensos, os Dap-Kings retornam em uma pausa para falar de amor de um jeitinho mais leve. Leve para os padrões de Sam Smith, é claro. A letra ainda é sobre arrependimento e as idas e vindas amorosas.

 

"No Peace"

 

A jovem cantora Yebba Smith faz com Sam Smith o único dueto do disco. A pupila de Ed Sheeran vai bem, mas em uma balada da qual você esquece o refrão logo que acabou de ouvir.

 

"Palace"

 

A metáfora de um palácio demolido sustenta a música. Ele fala de ruínas, poeira e construção. "Às vezes, eu gostaria que nunca tivéssemos erguido este palácio / Mas amor de verdade nunca é perda de tempo".

 

"Pray"

 

A influência do gospel aparece com força. Marca o retorno de Timbaland em um single de grande artista. O produtor era onipresente em décadas passadas e deu uma sumida. "Talvez eu reze / Eu nunca acreditei em Você, não / Mas eu vou rezar", canta Sam.

 
 
Capa de 'The Thrill of It All' de Sam Smith (Foto: Divulgação)Capa de 'The Thrill of It All' de Sam Smith (Foto: Divulgação)

Capa de 'The Thrill of It All' de Sam Smith (Foto: Divulgação)

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