Minha fé muçulmana reflete a paz, diz músico indiano vencedor de Oscar e Grammy
08/07/2017 10:35 em MÚSICA

A. R. Rahman comemora 25 anos na indústria musical. Ele diz que suas crenças religiosas ajudaram a definir e moldar sua carreira.

Por Reuters

O músico indiano A. R. Rahman, que já ganhou prêmios do Oscar e do Grammy, disse que suas crenças religiosas ajudaram a definir e moldar sua carreira, no momento em que comemora 25 anos na indústria musical.

Rahman, que se converteu ao islamismo quando estava na casa dos 20 anos, está em Londres com um show chamado "Yesterday, Today and Tomorrow".

Ele disse à agência Reuters que sua interpretação da fé muçulmana significa viver uma vida simples e na qual a humildade é fundamental.

"O islã é um oceano, sabe, ele tem seitas diferentes. Mais de 70. Então eu sigo o tipo de filosofia sufi, que diz respeito ao amor", disse Rahman. "Sou o que sou por causa da filosofia que estou seguindo, que minha família está seguindo. E, é claro, muitas coisas estão acontecendo e sinto que é principalmente político".

 
O músico e compositor indiano A. R. Rahman (Foto: Divulgação/Facebook do artista)O músico e compositor indiano A. R. Rahman (Foto: Divulgação/Facebook do artista)

O músico e compositor indiano A. R. Rahman (Foto: Divulgação/Facebook do artista)

Calcado no folclore, na poesia e na espiritualidade, o sufismo é uma forma de islamismo não-violenta baseada em rituais hipnóticos e que reflete o lado místico da religião.

 

O artista de 50 anos de idade, que ganhou dois Oscars, dois Grammys e um Globo de Ouro, já compôs mais de 160 trilhas sonoras, entre elas a de "Quem Quer Ser Um Milionário?", vencedor do Oscar de melhor filme em 2009, e de filmes de Bollywood como "Lagaan" e "Taal".

De Mick Jagger a Pussycat Dolls

 

Ele canta, compõe músicas e toca instrumentos e já trabalhou com artistas globais como Mick Jagger, Sarah Brightman e Pussycat Dolls.

Rahman disse que sua nova turnê, que estreia em Londres no sábado, levará seus fãs em uma jornada através de sua música pelo último quarto de século.

O músico, que tem uma presença forte no palco, disse que ainda tem mais a conquistar e que espera que a música ajude a unir as pessoas.

"Se você pegar uma orquestra, você tem os carentes e os privilegiados tocando juntos. Temos raças diferentes tocando juntas. Temos religiões diferentes tocando juntas. Mas um som é produzido", disse. "Você trabalha rumo a uma harmonia".

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