REDAÇÃO: Portal Sucesso!
Um dos maiores compositores da música brasileira, Aldir Blanc nos deixou em maio de 2020 em decorrência de complicações da Covid-19. Poucos dias após o acontecimento, o septeto vocal e percussivo Ordinarius decidiu homenagear o artista, gravando um álbum em celebração à sua obra. Em 2021, o grupo mergulhou no universo de Aldir, lançou os primeiros singles do novo trabalho, como “Querelas do Brasil”, “Incompatibilidade de Gênios” (com a participação especial de João Bosco e Hamilton de Holanda), “Mandingueiro” e “Saudades da Guanabara”.
Agora, o Ordinarius finaliza o projeto com o single “Paris, de Santos Dumont aos Travestis” e lança o álbum completo ‘Blanc’, que chega nesta sexta, 11 de março, nas plataformas digitais. Com 12 faixas, o álbum ‘Blanc’ dá continuidade ao principal objetivo do Ordinarius, o de revisitar compositores e ritmos brasileiros como o choro, baião, samba e ijexá. Criado em 2009, o grupo carioca formado por Augusto Ordine, Maíra Martins, Antonia Medeiros, Beatriz Coimbra, Fabiano Salek, Matias Corrêa e Mateus Xavier, oferece um vasto repertório, utilizando a voz como instrumento principal e a percussão como sua perfeita combinação.
Segundo os integrantes, Aldir Blanc foi um dos raros poetas essenciais da nossa música que levaram a outro nível o casamento entre letras e músicas. Seu repertório representa a riqueza da poesia, do humor e da inteligência nas letras de MPB. “A ideia de gravar um álbum dedicado à sua obra nasceu durante uma live, na semana de sua morte, quando estávamos todos isolados em casa por conta da quarentena. Passear por seu repertório naquele momento foi algo muito poderoso e nos deu a dimensão de sua importância na nossa construção como músicos, como intérpretes. Além disso, nos pareceu muito interessante a ideia de um grupo vocal se dedicar a um projeto de cantar um letrista em parceria com diversos compositores, algo que nos parece inédito”, comenta Maíra Martins, cantora e produtora executiva do Ordinarius.
Um dos principais parceiros de Aldir Blanc, o cantor e compositor Moacyr Luz é coautor de quatro das 12 faixas do disco, incluindo o último lançamento. “Recebi uma sensação de resgate ao ouvir o disco do grupo Ordinarius cantando as músicas do Blanc e encontrar no roteiro algumas das nossas parcerias. Ouço as vozes, os graves, a natureza humana, as veias na garganta, a dissonante delicadeza de cada compasso e choro. Eu também sou ordinário! Não quero mais violinos em violas. Vou ouvir os passarinhos, as cigarras, encantado cada vez mais com as vozes das pessoas sempre fascinante dos Ordinarius”, celebra Moacyr.
O clipe da música “Paris, de Santos Dumont aos Travestis” (Aldir Blanc/ Moacyr Luz) foi gravado junto com o duo francês Aurélie & Verioca. Juntos, porém a distância. A dupla na ‘cidade luz’ e o septeto no Rio de Janeiro, no bairro da Tijuca. A amizade entre eles teve início em 2015 e logo o Ordinarius as convidou para a participação em um show, depois o grupo e a dupla produziram juntos uma oficina na capital francesa.
Após finalizado projeto em homenagem a Aldir Blanc, o septeto volta suas atenções para o projeto dedicado a Pixinguinha, que teve sua primeira faixa, “Carinhoso”, lançada em fevereiro.
CONFIRA AS FAIXAS DO ÁLBUM “BLANC”
- Querelas do Brasil (Maurício Tapajós/Aldir Blanc)
- Incompatibilidades de Gênios (João Bosco/Aldir Blanc)
- Chá de Panela (Guinga/Aldir Blanc)
- Resposta ao Tempo (Cristovão Bastos/Aldir Blanc)
- Aquele Um (Djavan/Aldir Blanc)
- Dois pra lá Dois pra cá (João Bosco/Aldir Blanc)
- Coração do Agreste (Moacyr Luz/Aldir Blanc)
- O Ronco da Cuíca (João Bosco/Aldir Blanc)
- Baião de Lacan (Guinga/Aldir Blanc)
- Mandingueiro (Moacyr Luz/Aldir Blanc)
- Saudades da Guanabara (Moacyr Luz/Aldir Blanc)
- Paris: de Santos Dumont aos travestis (Moacyr Luz/Aldir Blanc)