Bob Dylan fez mais um grande negócio com a sua obra. Depois de vender os direitos autorais de suas canções para a Universal por, especula-se, US$ 300 milhões, o cantor e compositor de 80 anos agora passou definitivamente a posse de suas fitas master para a Sony, a gravadora que, com exceção de um pequeno período nos anos 70, sempre foi a sua casa, em uma parceria que teve início em 1962.
Estima-se que essas fitas tenham um valor na casa dos US$ 200 milhões. Nem a gravadora e muito menos Dylan, revelaram os valores da transação. O cantor também renovou contrato com a companhia, ainda que não haja nenhum plano de que o sucessor de "Rough And Rowdy Ways" (2020) venha a ser lançado em um futuro próximo.
Isso não chega a ser um problema, já que o o cantor tem uma enorme quantidade de material nunca lançado pronto para ganhar lançamento oficial. São outtakes, gravações ao vivo e versões alternativas que ficaram arquivadas e, desde os anos 90, estão sendo lançadas dentro das "Bootleg Series".
A série já tem vários volumes cobrindo várias fases de sua carreira - o 16° volume, com raridades do período de 1980 a 1985 saiu no ano passado e sua versão mais completa tem cinco CDs .
O negócio já havia sido fechado em 2021, mas só agora ele foi tornado público. Em comunicado oficial, Bob Dylan disse o seguinte: "“A Columbia Records e Rob Stringer (o presidente geral da companhia) foram muito bons para mim por muitos, muitos anos e muitos discos. Estou feliz que todas as minhas gravações possam ficar no lugar que lhes é de direito."
Os únicos trabalhos que o cantor gravou em outra gravadora: "Planet Waves" e o ao vivo "Before The Flood", ambos de 1974 pela Asylum Records, já estavam há décadas com a Columbia.
O anúncio chega poucas semanas depois que a mesma gravadora já havia feito uma compra vultuosa de catálogo. No caso de Bruce Springsteen, a Sony pagou, acredita-se US$ 500 milhões.