Pacientes esperam até 5 horas por atendimento e tendas não funcionam
20/12/2015 17:26 em NOVIDADES

A escala defasada de profissionais nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) da rede municipal de Saúde de Campo Grande tem levado pacientes com sintomas de dengue a esperar até cinco horas por atendimento. De acordo com pessoas ouvidas na manhã desse domingo (20) nas UPAs dos bairros Universitário 2 e Vila Almeida, o problema se agrava nas UBS (Unidades Básicas de Saúde), onde a espera é ainda maior. Além da falta de médicos, o corpo de enfermagem também sofre com a escassez de profissionais, com isso, as tendas do Exército, montadas na Vila Almeida e no Universitário 2 para aliviar a demanda no setor de hidratação das UPAs, permanecem fechadas.

Desde que forma montadas, há mais de uma semana, as tendas pouco auxiliaram na demanda de pacientes, já que permaneceram fechadas por falta de profissionais e por problemas no ar condicionado. No entanto, os detalhes técnicos foram solucionados, inclusive com a montagem de outras tendas, confeccionadas com tecido mais adequado as altas temperaturas, já que as primeiras montadas potencializavam o calor dentro das barracas. 

O enfermeiro responsável pelo plantão da UPA do bairro Vila Almeida, que preferiu não se identificar, não soube dizer se as duas tendas montadas no estacionamento da unidade de saúde funcionaram neste sábado, mas até às 10 horas deste domingo elas estavam fechadas devido a falta de enfermeiros. "Vou tentar um remanejamento para colocar pelo menos um funcionário lá", disse.

Quanto a escala médica, ele garantiu que está completa, com cinco pediatras e seis clínicos gerais e atribui a demora no atendimento devido a epidemia de dengue. "Fora desse período temos, no máximo, cinco casos notificados por semana. Agora a média passou para 50. Não tem como agilizar mais", ressalta.

Tanto no Vila Almeida quanto no Universitário, os enfermeiros responsáveis do plantão afirmam que pelo menos 60% da demanda atendida nos postos são de pacientes com sintomas de dengue ou Zika vírus.

Apesar de confirmar que a escala de profissionais está completa, os pacientes ouvidos pelo Campo Grande News afirmam que, nos finais de semana, não é possível encontrar mais de dois médicos por plantão.

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